Importante resposta da Comisión europea sobre a reclamación de Edgewater


Reproducimos, polo seu interese, a pregunta realizada no Parlamento Europeo pola eurodeputada de AGE Lidia Senra, así como a resposta da Comisión.
Nelas queda claro que a empresa Edgewater non ten dereito algún a reclamar indemnización polas posibles perdas derivadas da denegación do seu proxecto. 
É,por tanto, unha nova estocada para Mineira de Corcoesto.





PREGUNTA PARLAMENTAR:

Perguntas Parlamentares (Parlamento Europeu, Comissão)


9 de outubro de 2014, E-007767-14

Pergunta com pedido de resposta escrita à Comissão, Artigo 130.° do Regimento

Lidia Senra Rodríguez (GUE/NGL)

Assunto: Acordo CETA e empresa Edgewater na Galiza



O CETA estabelece mecanismos que conferem às multinacionais o direito de apresentar exigências aos governos, quando estes tomam decisões que considerem que afetam os seus negócios.

Na Galiza, a empresa canadiana Edgewater pretende obter autorização do governo galego para a exploração mineira de ouro, afetando a esse fim terras agrícolas e florestais. A empresa em causa usará cianeto, pondo assim em risco a saúde das pessoas, a vida aquática e a qualidade da água.

O governo galego anunciou há alguns meses o cancelamento do projeto aurífero. Todavia, de acordo com notícias recentemente vindas a lume na imprensa, a empresa está disposta a processar a Xunta da Galiza por danos patrimoniais se o projeto cancelado não for retomado ou não receber uma compensação económica.

1. Será que, nos termos do acordo CETA, o povo galego vai ser obrigado a indemnizar a empresa para proteger os solos, o ambiente e a saúde?

2. Não pensa a Comissão que a União Europeia deveria preocupar-se em manter a qualidade da água não permitindo que um povo seja prejudicado por querer protegê-la?

3. Será que os benefícios concedidos à empresa Edgewater merecerão mais proteção pública do que o direito das galegas e dos galegos a uma vida saudável?

----

RESPOSTA DA COMISIÓN:
Preguntas parlamentarias (Parlamento Europeo, Comisión)

4 de decembro de 2014, E-007767/2014

Resposta da Sra. Malmström en nome da Comisión



Ningunha empresa canadense pode actualmente invocar o Acordo Económico e Comercial Global (AECG) con Canadá para impugnar unha decisión referente ao seu investimento, nin presentar reclamacións por danos patrimoniais, dado que este acordo non está en vigor. O AECG entrará en vigor unha vez finalizasen os respectivos procedementos de aprobación por parte de Canadá e da UE. No caso da UE, requiren a aprobación do Consello e do Parlamento Europeo.

En calquera caso, os acordos de libre comercio, incluído o AECG, non modifican o dereito dos Estados membros a perseguir os seus obxectivos lexítimos de política pública, incluída a fixación de normas de protección ambiental. O AECG deixa claro que a UE e Canadá manteñen o seu dereito a lexislar para alcanzar obxectivos lexítimos en materias como a saúde pública, a seguridade, o medio ambiente, a moral pública e a promoción e protección da diversidade cultural. Isto significa que un investidor non pode recibir unha compensación por lucro cesante, perda de beneficios ou custos sufridos.

Comentarios

Publicacións populares deste blog

Fallo do Tribunal Superior de Xustiza de Galicia a favor do acceso á documentación